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A mais recente edição da nossa pesquisa anual com os CEOs mostra que um terço dos líderes no Brasil e no mundo não acredita que suas organizações serão economicamente viáveis em dez anos caso se mantenham no rumo atual. Ao todo, ouvimos aproximadamente 4.400 CEOs, em mais de 100 países, com uma participação recorde de líderes do Brasil.
Os resultados da pesquisa ilustram a profundidade dos desafios atuais que os líderes enfrentam. De um lado, a grande maioria dos CEOs considera extremamente importante reinventar seus negócios para o futuro em um mundo de disrupção e inovação. De outro, enfrentam obstáculos de curto prazo, como a instabilidade da economia global, a inflação, as rupturas das cadeias de suprimento e os conflitos geopolíticos.
No Brasil e no mundo, 73% dos CEOs acreditam que a economia global sofrerá uma desaceleração nos próximos 12 meses. Apesar disso, uma parte importante dos CEOs de alguns países prevê que suas economias locais terão trajetória contrária e também acredita no crescimento da receita de suas empresas — especialmente os brasileiros.
Este duplo imperativo – encarar o presente e ao mesmo tempo se transformar para o futuro – os coloca em uma encruzilhada inédita que exige ação imediata.
Organizamos este relatório em três dimensões: os desafios atuais; a preparação para o futuro; e a agenda necessária para se atingir um equilíbrio entre o curto e o longo prazos e transformar as dificuldades em oportunidades.
Para 73% dos líderes no Brasil e no mundo a economia sofrerá uma desaceleração nos próximos 12 meses, uma mudança drástica em relação ao ano passado, quando 77% apostavam em uma aceleração. Os CEOs brasileiros, da China e da Índia, porém, estão muito mais otimistas em relação ao crescimento de seus próprios países do que da economia global.
O pessimismo em relação à economia como um todo chegou a abalar a confiança dos CEOs no crescimento da receita de suas empresas, mas a maioria manteve o otimismo – e a perspectiva dos líderes brasileiros é mais positiva que a média.
Em resposta aos desafios econômicos de curto prazo, os CEOs dizem que estão tomando medidas para estimular o crescimento da receita e cortar custos. Os dados sugerem que os CEOs evitam reduzir o quadro de profissionais, em parte por causa do aumento nos índices de demissão voluntária registrados no ano passado em muitos países, entre eles o Brasil, em um fenômeno conhecido como “A Grande Evasão”.
Cerca de metade dos CEOs brasileiros está ajustando cadeias de suprimentos, presença geográfica e diversificação de produtos e serviços, em linha com a tendência global. No mundo, a prioridade é a segurança cibernética e a privacidade de dados – preocupação para um terço dos CEOs no Brasil.
Nos próximos 12 meses, os CEOs brasileiros se sentem mais expostos à inflação, à instabilidade macroeconômica, aos riscos cibernéticos e aos conflitos geopolíticos. Em cinco anos, instabilidade e riscos cibernéticos preocupam mais.
Nota: percentuais consideram respostas “muito” e “extremamente exposta”
No Brasil, um terço dos CEOs não acredita que suas empresas serão economicamente viáveis em uma década, se mantido o rumo atual. No mundo, o percentual é ainda maior (39%) e mais acentuado em algumas indústrias, como tecnologia (41%), telecomunicações (46%), saúde (42%) e produção industrial (43%).
Cerca de metade dos CEOs globais espera algum grau de impacto das mudanças climáticas nos próximos 12 meses – mais em seus perfis de custo e na cadeia de suprimentos do que em seus ativos físicos.
Muitas empresas parecem estar elaborando estratégias sem considerar a precificação interna das emissões de carbono. Metade das empresas no Brasil (54% no mundo) dizem que não têm planos de implementar um mecanismo dessa natureza em seu processo de tomada de decisões, embora isso seja importante para antecipar eventuais impostos, tarifas e incentivos, assim como entender melhor suas externalidades.
Impulsionar o desempenho operacional atual consome a maior parte do tempo dos líderes. Se pudessem reformular suas agendas, eles disseram que passariam mais tempo desenvolvendo o negócio e sua estratégia para atender às exigências futuras.
A prioridade na alocação de recursos são os investimentos em tecnologia, como automação, implantação de tecnologias avançadas e upskilling da força de trabalho. Reforçando a percepção dos CEOs de que é urgente olhar para o futuro apesar dos desafios imediatos, cerca de 60% (com poucas exceções) se concentram em reinventar o negócio e 40% em preservar o negócio atual.
Os dados sugerem que, em muitas organizações, não há condições para que gestores e demais profissionais busquem novas oportunidades por conta própria ou identifiquem ameaças disruptivas e respondam a elas de forma independente. 70% dos CEOs brasileiros (76% no mundo) dizem que suas lideranças não costumam tomar decisões estratégicas no âmbito de suas funções ou departamentos de forma independente.
As empresas trabalham com uma ampla rede de parceiros, e o objetivo mais comum dessas relações é buscar novas fontes de geração de valor, como novos produtos e novos mercados. Abordar questões socioambientais, como as relacionadas às mudanças climáticas, é um objetivo mais frequente na colaboração com entidades sem fins lucrativos, como ONGs e agências governamentais.
Nota: percentuais consideram respostas “muito” e “extremamente”.
Confiança, liderança e o diálogo
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