Graças ao rápido avanço da tecnologia, cerca de três novas fintechs surgem, em média, no Brasil todos os meses. Essas empresas estão oferecendo experiências inovadoras a custos reduzidos a uma ampla gama de consumidores, muitos dos quais não eram atendidos pelas instituições financeiras tradicionais. É o que revela a segunda edição anual da Pesquisa Fintech Deep Dive, da PwC Brasil, que traça um perfil do ecossistema de inovação e empreendedorismo no segmento de serviços financeiros do País.
O levantamento deste ano, feito em parceria com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), ouviu um total de 205 fintechs – segmento de empresas na interseção entre os setores de tecnologia e serviços financeiros que adotam modelos de negócio escaláveis e inovam em produtos e serviços direcionados para atender a uma necessidade do cliente. Desse universo, 73% estão na região Sudeste, com mais da metade no Estado de São Paulo, segundo a pesquisa, realizada entre 12 de setembro e 22 de outubro de 2019. As empresas do interior paulista correspondem a 10% do universo total de fintechs consultadas, das quais 2,5% estão localizadas na Região Metropolitana de Campinas (RMC).
O crescimento do número de fintechs, ano após ano no Brasil, comprova o interesse do público por meios alternativos, mais modernos e menos complexos de lidar com odinheiro. A ABFintechs, por exemplo, representa atualmente 360 empresas nesse mercado, um aumento de mais de 10% em relação à quantidade de associados do ano passado.
Mobile, data analytics, inteligência artificial, robótica, Internet das Coisas, todos esses avanços estão transformando por completo a experiência das pessoas no uso de produtos e serviços financeiros que têm se tornado muito mais convenientes, personalizados e intuitivos. O interesse crescente por inteligência artificial, biometria e internet das coisas aponta para a transformação na experiência do consumidor de serviços financeiros, com plataformas mais intuitivas e customizadas.
Nesse cenário, o leque de oportunidades de negócios para as fintechs brasileiras é imenso, mas, com elas, surgem também novos riscos que precisam ser bem dimensionados e gerenciados, como baixo foco em cibersegurança e governança de dados. Obter recursos humanos qualificados e alcançar a escala necessária para a operação continuam sendo as principais barreiras à gestão das fintechs.
Se observarmos detalhadamente o levantamento, é possível destacar ainda que a participação dos bancos digitais na pesquisa cresceu de 6% para 10%, passando do quinto para o terceiro lugar no ranking de segmentos representados; 43% das participantes atuam em meios de pagamento ou crédito; mais de R$ 1 milhão por ano é o faturamento de 38% das empresas participantes e quase metade do total emprega apenas 10 pessoas; 48% dobraram de tamanho em 2018 – percentual semelhante espera fazer o mesmo em 2019; 47% não receberam investimento e 43% apontam a dificuldade de obter recursos como principal barreira à gestão do negócio; 56% não recorreram a iniciativas de colaboração e 50% não sabem se devem usá-las; 8% estão na fase de idealização ou desenvolvimento de um produto viável mínimo (MVP, na sigla em inglês), sem clientes e em processo de validação; e 62% encontram-se em fase de início de operação (com clientes e faturamento abaixo de R$ 5 milhões).
O relatório não apenas explora o cenário atual das fintechs no Brasil como ainda aborda as tendências que definirão os prováveis vencedores nesse mercado nos próximos anos, trazendo informações que podem ajudar essas empresas a se colocar em melhor posição para liderar a transformação dos serviços financeiros para o consumidor.
* Augusto Assunção é sócio da PwC Brasil
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