Jornada da confiança

Pesquisa da PwC Brasil, com apoio da Liga Ventures, mede pela primeira vez a maturidade das startups e a expectativa dos investidores em relação à governança corporativa

Dezembro de 2022

Como as startups estão posicionadas em termos de governança? Quais são as expectativas dos investidores em relação ao tema? O que os empreendedores podem fazer em sua jornada de crescimento para melhorar a governança corporativa? Nesse estudo, traçamos um retrato atual sobre a maturidade do ambiente de governança corporativa no ecossistema brasileiro de startups para ajudar a responder a essas questões. 

Para realizar a pesquisa, entrevistamos 169 empreendedores e 37 investidores e usamos o framework do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que divide as startups em quatro fases de evolução: ideação, validação, tração e escala. Em nossa análise, avaliamos as práticas de governança em cada uma dessas fases.

O estudo contou com o apoio estratégico da Liga Ventures, empresa parceira da PwC dedicada a facilitar e potencializar interações entre startups e empresas para transformar o mercado.

Com a divulgação dos resultados da pesquisa, esperamos contribuir para que as startups possam implantar mecanismos mais sólidos de governança e ampliar seus investimentos com mais segurança.

 

“Com este retrato inédito que traçamos sobre a maturidade do ambiente de governança no ecossistema brasileiro de startups, esperamos ajudar negócios nascentes a atingir o máximo potencial e a colher os benefícios dos seus esforços.”

Luiz Ponzoni, Sócio e líder de Advisory Risk Consulting e de Novos Negócios e Inovação, PwC Brasil

Os quatro pilares das práticas de governança

Estratégia e sociedade

Trata da visão de médio e longo prazo e dos aspectos de relacionamento entre sócios. É o pilar mais importante para a empresa alcançar a maturidade e chegar à fase de escala/crescimento. 

Pessoas e recursos

Tudo o que envolve capital intelectual e os recursos tangíveis e intangíveis necessários à construção de uma startup.

Tecnologia e propriedade intelectual

É o que distingue ideias de modelos operacionalizáveis e garante a sustentabilidade e a proteção da inovação pretendida.

Processos e accountability

Permite avançar nas fases de desenvolvimento e cria as bases para crescer de forma sustentável e consistente.

Alguns destaques:

  • Estratégia e sociedade: na fase de tração, 20% das startups afirmam cumprir as práticas relacionadas ao processo formal para estratégia e gestão de riscos e ao tema de ética e conduta. Porém, 41% dos investidores têm expectativa de que essa práticas já sejam realidade nessa fase, o que revela uma oportunidade clara de diferenciação para as startups.
  • Pessoas e recursos: as startups estão em um patamar de menor maturidade e de maior distância em relação ao framework e às expectativas dos investidores. A exceção ocorre na fase de ideação, em relação à criação de rede de mentores e conselheiros, que é adotada por 83% das startups.
  • Tecnologia e propriedade intelectual: 45% das startups na fase de tração têm baixo nível de maturidade e quase metade ainda adota práticas da fase de ideação, mesmo estando num estágio avançado de desenvolvimento.
  • Processos e accountability: as startups em validação começam a se preocupar com controles internos de apuração de resultado e com modelos de planejamento e gestão orçamentário estruturados. Elas chegam com elevada maturidade na fase de escala: 82% das startups têm controles internos de apuração de resultado e 77% apresentam modelos de planejamento e gestão orçamentário estruturados.

O que as startups devem priorizar em relação à governança

Fase de ideação

  • Estruturar os papéis e as responsabilidades dos sócios, especificando as formas de contribuição e a intensidade de dedicação, a remuneração e futura participação.
  • Estabelecer as expectativas de cada sócio em termos de propósito, tamanho, alcance e estilo de gestão da startup.
  • Definir regras de entrada e saída no negócio.
  • Garantir a titularidade da propriedade intelectual da sociedade.

Fase de validação

  • Constituir a empresa e estabelecer regras sobre direitos e deveres dos sócios, incluindo as primeiras reflexões sobre o propósito da organização.
  • Organizar práticas referentes a potenciais empregados-chave e a relação com clientes e parceiros estratégicos.
  • Manter controles internos e indicadores mínimos adequados para apuração de resultados e eventual prestação de contas a terceiros.

Fase de tração

  • Fortalecer o entendimento da diferença entre a posição de sócio e de executivo.
  • Definir alçadas para tomada de decisão.
  • Estruturar o conselho (consultivo ou de administração).
  • Evoluir nas práticas de planejamento e controle do negócio.

Fase de escala

  • Consolidar práticas que podem auxiliar o negócio a prosperar e a ter a continuidade desejada.

 

Para a realização dessa pesquisa, a PwC contou com o apoio do IBGC, da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), do BR Angels e do AgTech Garage, além de todos os empreendedores e investidores que contribuíram com seu tempo e suas visões de negócios.

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Rodrigo Marcatti

Rodrigo Marcatti

Sócio e líder de Startups e investidores, PwC Brasil

Tel: +55 (11) 94734 4942

Luiz  Ponzoni

Luiz Ponzoni

Sócio e líder de Novos Negócios e Inovação, PwC Brasil

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