As transformações que presenciamos no setor de saúde nos últimos dois anos são radicais. A forma como pensamos a saúde do paciente foi altamente impactada pelas mudanças tecnológicas. A visão de saúde integral, que põe o paciente no centro das atenções, ganhou espaço e se tornará cada dia mais essencial para operadoras, prestadoras, farmacêuticas e estipulantes em busca de excelência e qualidade na entrega de serviços.
Neste relatório, elaborado pela PwC e a Liga Ventures, reunimos insights valiosos a partir dos dados da Startup Scanner, uma ferramenta que permite aos usuários monitorar constantemente startups de diversos setores e participar ativamente da construção dos mapeamentos.
Apresentamos um retrato do mercado de saúde e os desafios das healthtechs, além de reflexões sobre os novos hábitos, o futuro da saúde e as transformações que a tecnologia, a inovação e a inteligência artificial tendem a oferecer.
6 startups
1,51%
4 startups
1,01%
10 startups
2,52%
4 startups
1,01%
6 startups
1,51%
19 startups
4,79%
26 startups
6,55%
14 startups
3,53%
12 startups
3,02%
14 startups
3,53%
2 startups
0,50%
27 startups
6,80%
3 startups
0,76%
5 startups
1,26%
31 startups
7,81%
3 startups
0,76%
9 startups
2,27%
7 startups
1,76%
8 startups
2,02%
18 startups
4,53%
9 startups
2,27%
14 startups
3,53%
7 startups
1,76%
1 startup
0,25%
14 startups
3,53%
4 startups
1,01%
8 startups
2,02%
33 startups
8,31%
15 startups
3,78%
10 startups
2,52%
8 startups
2,02%
19 startups
4,79%
4 startups
1,01%
17 startups
4,28%
6 startups
1,51%
Durante o período analisado, tivemos um aumento de 32% no número de startups no radar da Startup Scanner, incluindo novas startups nascidas e novas monitoradas, independentemente de estarem ativas ou não.
O índice de inativação foi de 33,39% em relação à base total. O principal motivo de inativação foi a falta de apresentação de traços de atividade pública nos últimos oito meses.
32,05%
de oxigenação da base
no período de 2021-2022
33,39%
das startups foram inativadas no período de 2021-2022
6,26 anos
idade média das startups inativadas
Evolução no percentual de startups mapeadas por categoria de acordo com o ano de fundação nas sete categorias com mais startups*
As startups ativas na base durante o período analisado tiveram um crescimento médio de 21,21% no número de funcionários, representando um total de 3.813 novas vagas abertas durante o período. Além disso, 17,38% das startups tiveram um crescimento no número de funcionários superior a 50%.
21,21%*
crescimento médio do número de funcionários das startups ativas no período
3.813*
novos empregos gerados no período pelas startups ativas
16.304*
total de empregos das startups ativas
*Análise feita com base no acompanhamento do número de funcionários das startups mapeadas no Linkedin entre março de 2021 e março de 2022.
Foram monitoradas oito aquisições durante o período envolvendo startups mapeadas nas categorias de capacitação, informação e educação, inteligência de dados, monitoramento homecare, gestão de processos, gestão financeira e contábil e armazenamento e análise de imagens. Ao todo, quatro compradores participaram dessas aquisições.
8 aquisições*
durante o período de 2021-2022
4 compradores
com destaque para a Afya, que realizou cinco aquisições no período
*Análise feita com base no acompanhamento das startups ativas mapeadas entre março de 2021 e março de 2022 e levando em conta deals declarados publicamente.
A presença de startups de saúde cresce em todo o território nacional e é um exemplo claro da importância desse novo tipo de empresa para o país. Em constante evolução e crescimento, o setor de saúde apresenta diversas oportunidades de desenvolvimento na área tecnológica com foco em inovação. A colaboração entre startups e os incumbentes do setor será fundamental, e cada vez mais presente, para transformar a qualidade dos serviços de saúde e melhorar a vida dos pacientes. Da análise do relatório, destacamos algumas conclusões.
O número de healthtechs ativas cresceu nos estados 13,7%, em média, entre o período de 2019 a 2021. É significativo que, mesmo em um cenário de pandemia e da crise por ela desencadeada, tenhamos registrado um aumento de 21,2% no número de funcionários. Ainda que pontualmente, isso ajuda a movimentar a economia.
São Paulo concentra o maior número dessas empresas (50,13% do total de startups ativas no setor), mas os estados com maior crescimento relativo em número de startups ativas entre 2019 e 2021 foram Espírito Santo (80%), Pará (50%) e Rio Grande do Norte (50%). Esse fato mostra que os empreendedores estão explorando oportunidades para melhorar a vida dos brasileiros menos assistidos e com acesso reduzido a serviços de saúde.
Analisando as categorias de startups, percebemos que a de planos e financiamentos foi a que mais se desenvolveu, o que indica uma tendência do setor de buscar soluções para cuidar da orquestração entre todos os players da saúde.
Outro segmento que apresentou desenvolvimento importante foi o de meio de pagamento, que está diretamente ligado a glosas e outras questões que impactam as atividades diárias das organizações.
Também tiveram grande investimento e atividade de M&A as categorias de psicologia e bem-estar físico e mental, que registraram maior demanda devido às consequências da pandemia sobre as relações humanas e as emoções dos indivíduos.
Do ponto de vista da operação, percebe-se que há mais tendência para B2B (50%) do que B2C (33,3%). Mesmo assim, entendemos que a visão B2B precisa de mais atenção, devido à complexidade de orquestração entre todos os players envolvidos. Uma melhoria nessa área acabará por beneficiar o consumidor indiretamente.
A evolução tecnológica também é um fator importante. O maior crescimento foi de plataformas digitais, seguido por análise preditiva e inteligência artificial, o que revela um foco em melhorar a experiência do paciente. A tecnologia tem papel fundamental nesse processo e também em relação à proteção de dados e à segurança cibernética.