Ao longo de 2021, o setor industrial enfrentou uma disrupção sem precedentes. Mudanças rápidas e assustadoras causadas pela crise de covid-19 resultaram em digitização acelerada, aumento da incidência de ataques cibernéticos e mudanças no comportamento do consumidor. A pandemia revelou fragilidades nas atividades da indústria de ponta a ponta e destacou a necessidade de maior resiliência e agilidade.
Os desafios de hoje são diferentes de todos os que o mundo já experimentou. Na PwC, buscamos entender como eles afetam as estratégias, práticas e o desempenho das empresas. Na pesquisa COO Pulse 2021 da PwC, revelamos como os executivos globais da indústria de mais de 600 grandes empresas estão reorientando seus planos e prioridades quando olham para além da pandemia. Apontamos o que eles vêm fazendo para repensar suas práticas e reconfigurar suas operações a fim de se fortalecer para o futuro. Também mostramos o que eles consideram fundamental em termos de segurança cibernética, cadeia de suprimentos e distribuição, inovação digital e ESG.
Veja a seguir alguns dos principais resultados da pesquisa. Os percentuais referem-se aos executivos do setor industrial como um todo que participaram do estudo. Inclui representantes da indústria automotiva, defesa e espaço aéreo, bens de consumo, eletrônica e tecnologia, energia e serviços de utilidade pública, engenharia e construção, saúde e equipamentos.
As empresas estão priorizando tecnologias que operam juntas para impulsionar a produção inteligente. A Internet das Coisas Industrial (IIoT) encabeça a lista, pois os executivos a veem como a base de plataformas de produção inteligentes. A análise de dados vem logo em seguida como outra alta prioridade, já que a IIoT trabalha em conjunto com os dados para auxiliar na tomada de decisões. A nuvem é a terceira prioridade mais importante, pois permite que as empresas otimizem o uso da IIoT e o gerenciamento de dados. Os fabricantes também priorizam a manutenção preditiva, para evitar tempos de inatividade dispendiosos, além de robótica e automação de fábrica para aumentar a eficiência.
As empresas estão tomando medidas para medir os elementos ESG em suas operações. As iniciativas para impulsionar a sustentabilidade lideram esse movimento. À medida que a sustentabilidade assume uma importância central para reguladores, acionistas e consumidores, não surpreende que os fabricantes estejam dando mais atenção às métricas ESG, especialmente àquelas que afetam o resultado final. Atualmente, a eficiência energética é o elemento mais medido, seguido da saúde e segurança dos produtos e das emissões de gases de efeito estufa. Diversidade e inclusão também estão em alta na agenda.
A eficiência da distribuição e a coleta de dados continuam sendo as principais prioridades das empresas. Os fabricantes estão impulsionando a eficiência ao mesmo tempo que desenvolvem o negócio e buscam agilidade para encontrar novos canais de distribuição. A coleta e análise de dados é a resposta para ajudar a descobrir como tornar as entregas mais eficientes, prever mudanças nas demandas dos clientes e responder a elas. As empresas também se concentram na automação da fábrica para enfrentar os desafios do comércio eletrônico.
O risco de segurança cibernética é uma prioridade para os conselhos de administração e alcançou esse nível porque os conselheiros entendem todas as implicações desse risco para os resultados e a sobrevivência corporativa. Os conselheiros ainda se concentram mais nos pilares tradicionais de qualidade e custo, embora fábricas inteligentes e cadeias de suprimentos ágeis estejam se tornando fundamentais para estratégias futuras.
Entre as prioridades da cadeia de suprimentos, o controle de custos é primordial e a previsão de demanda e a transparência da cadeia de suprimentos continuam sendo fundamentais. A confiabilidade do sourcing também é uma prioridade e geralmente começa na identificação de componentes essenciais sem substitutos imediatos. Além disso, a integração vertical da cadeia de suprimentos vem ganhando cada vez mais adeptos à medida que os fabricantes buscam formas extras de reduzir custos, entregar produtos e serviços mais rapidamente e aumentar a confiabilidade do sourcing.