Diante da relevância dos temas ESG para os negócios, as empresas têm divulgado mais informações a respeito deles, embora ainda não exista um framework ou modelo de apresentação de resultados e métricas ESG.
Para saber como as empresas brasileiras de capital aberto estão abordando questões socioambientais e de governança em seus relatórios anuais, coletamos e analisamos todos os relatórios de 78 das 81 empresas que compõem o Ibovespa (carteira maio-agosto/2021). O estudo mostra que, embora os relatórios destaquem temas ESG, 31% não adotam metas claras relacionadas a esses assuntos. E apesar de as empresas estarem inclinadas a divulgar dados relacionados a sustentabilidade, elas ainda não parecem muito preocupadas em submeter suas informações a uma verificação externa que assegure a qualidade e confiabilidade dos seus relatórios.
É positivo, porém, que 85% das empresas apresentem as informações em relatórios disponíveis para o público, mesmo sem serem obrigadas a fazê-lo. Isso indica que elas estão respondendo às exigências da sociedade e mostra o nível de comprometimento com a divulgação de informações que são, cada vez mais, essenciais para investidores e demais stakeholders fazerem análises de investimentos. O desafio agora é tornar essas informações críveis, comparáveis e verificáveis.
Vinte e seis das 67 empresas que divulgaram relatórios (39%) não participam de nenhum índice vinculado a questões de sustentabilidade, 16 empresas (24%) participam de ao menos um índice, enquanto 25 empresas (37%) têm suas ações listadas em mais de um índice.
Os formatos preferenciais de apresentação são o relatório de sustentabilidade e o relatório anual. Apesar de apenas 16% das publicações serem apresentadas no formato de relato integrado, 52% das empresas informaram utilizar a estrutura conceitual do Conselho Internacional para Relato Integrado (IIRC, na sigla em inglês).
O GRI é o framework mais utilizado na preparação dos relatórios analisados – o que também é uma tendência mundial –, sendo que 84% das empresas adotam um framework complementar. O SASB, padrão bastante empregado nos Estados Unidos, é usado por muitas empresas como framework complementar, pois tem uma característica de indicadores por segmento de atuação.
Para saber quais os principais temas relacionados a ESG citados nos relatórios das empresas que compõem o Ibovespa e o que elas vêm divulgando em relação a pactos, metas, questões de diversidade, inclusão e riscos, acesse o estudo completo.