O envelhecimento da população e a convivência entre diferentes gerações no ambiente corporativo exigem um novo olhar sobre a diversidade geracional. A Pesquisa de Diversidade Geracional 2024, realizada pela PwC Brasil em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), traz insights valiosos sobre as percepções e desafios entre Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z.
O estudo revela como os estereótipos e preconceitos entre gerações impactam o ambiente de trabalho e apresenta caminhos práticos para que as empresas se beneficiem dessa convivência, incentivando respeito e colaboração entre todas as idades.
A pesquisa envolveu profissionais de 117 empresas e foi realizada em duas etapas. Na fase quantitativa, 93 empresas responderam a um questionário específico. Na qualitativa, foram conduzidas entrevistas de 60 minutos com gestores de RH e negócios de 24 empresas, além de cinco grupos focais com colaboradores para entender as práticas de gestão e a convivência entre gerações.
A presença de múltiplas gerações nas empresas traz uma riqueza de perspectivas e experiências. O estudo mostra que 95% dos participantes concordam que a convivência entre diferentes faixas etárias traz benefícios para a empresa, como melhorar o ambiente de trabalho e incentivar o respeito mútuo.
Embora a diversidade seja valorizada, o estudo revela que 65% das empresas ainda não implementaram programas ou iniciativas para promover a inclusão geracional. A falta de planejamento estratégico que considere o envelhecimento da força de trabalho também é uma realidade que desafia o mercado. Abordar essa questão é fundamental para que as empresas estejam preparadas para um futuro de maior representatividade e inclusão.
Atualmente, quatro gerações convivem nas organizações: Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z. Cada uma tem características próprias, mas os estereótipos limitam o potencial colaborativo. O estudo revela que, embora exista a percepção de que os mais velhos têm mais dificuldades com tecnologia e os mais jovens são imediatistas, muitos desses estereótipos são infundados. O desempenho dos profissionais mais velhos com a tecnologia, por exemplo, atende às expectativas. Compreender essas gerações de forma realista ajuda a eliminar preconceitos e a construir equipes mais fortes.
A pesquisa mostra um panorama mais complexo e diverso do que as simplificações cotidianas sugerem.
A convivência entre gerações pode se tornar um pilar de sustentabilidade para as empresas. O estudo mostra que valorizar a diversidade geracional aumenta o engajamento, a inovação e contribui para uma cultura organizacional mais forte e inclusiva. Diante de um mercado de trabalho em constante mudança e de uma população que envelhece rapidamente, promover a inclusão intergeracional não é apenas uma necessidade atual, mas uma estratégia para assegurar a longevidade e a relevância dos negócios.
Os dados da pesquisa apontam, no entanto, que uma diversidade geracional que seja verdadeiramente valorizada e respeitada ainda está distante.