Embora os CEOs estejam mais otimistas em relação ao crescimento econômico global do que no ano passado, uma parcela expressiva no Brasil e no mundo tem dúvidas de que suas organizações sobreviverão por mais de dez anos se mantiverem o rumo atual. No segmento industrial brasileiro, apesar de 40% terem essa percepção, o percentual dos que acreditam que seus negócios não serão economicamente viáveis por mais de 10 anos diminuiu em relação ao ano passado (49%). A tendência é oposta à verificada na média nacional e global e no segmento industrial no mundo.
No Brasil e no mundo, a expectativa de desaceleração do crescimento econômico global diminuiu, inclusive no setor industrial. No total, 40% dos CEOs do segmento no país acreditam que a economia global vá se desacelerar em comparação com 73% no ano anterior. Já 33% esperam uma aceleração, percentual abaixo da média brasileira (36%) e global (38%) e dos seus pares no mundo (39%).
Em relação ao próprio país, 52% dos CEOs do setor no Brasil esperam uma aceleração da economia – percentual próximo ao da média nacional (55%). Os líderes do segmento no mundo estão um pouco menos otimistas em relação às perspectivas de seus próprios países: 43% apostam na aceleração, quase o mesmo percentual da média global (44%).
No curto prazo, os líderes se mostram menos confiantes no crescimento das receitas de suas empresas, tanto no setor industrial no Brasil e no mundo como na média nacional e global. Entre os CEOs brasileiros do segmento industrial, a confiança diminuiu de 51%, em 2023, para 43%, em 2024.
No cenário de três anos, as expectativas também diminuíram de maneira geral. No caso dos líderes do setor no Brasil, a confiança recuou de 67%, em 2023, para 60% este ano.
Os CEOs esperam enfrentar mais pressão nos próximos três anos por mudanças no modelo de negócios. Em comparação com os últimos cinco anos, o percentual de CEOs do segmento industrial no Brasil que acreditam que as mudanças tecnológicas terão impacto na forma como criam, entregam e capturam valor continua elevado e no mesmo patamar. Os líderes do setor no país também preveem que as alterações associadas às ações da concorrência e preferências dos consumidores terão impacto maior. Em um movimento inverso à média nacional, os CEOs brasileiros do setor industrial apostam que a influência da regulação governamental será menor.
A adoção dessa tecnologia nos últimos 12 meses foi menor no segmento industrial no Brasil (26%) do que nos outros três recortes (média nacional, média global e empresas do setor no mundo). Por outro lado, a adaptação da estratégia tecnológica para lidar com a inovação que a IA generativa representa (36%) foi maior.
Baixe o arquivo e conheça mais resultados da 27ª Global CEO Survey sobre o segmento industrial brasileiro.