Outubro 15, 2021.
Os dados compilados e gerados por uma plataforma digital de gestão de propriedades rurais pode ser a base da implantação de práticas ESG (ambiental, social e governança, em português) no agronegócio.
A tendência segue forte no agronegócio. Segundo a pesquisa “Agronegócio: desafios à competitividade do setor no Brasil”, realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em 2020, os temas de governança e gestão foram apontados como segundo principal gargalo do setor no Brasil, atrás somente de infraestrutura. Já em levantamento da PwC Brasil, também do ano passado, 47% dos respondentes afirmaram que o acesso às informações de ESG é tão importante quanto às informações financeiras de uma empresa.
Nas fazendas, dados que atestam que os produtores estão seguindo boas práticas agrícolas e ambientais e que permitem a economia de insumos e recursos, com consequente redução de custos, podem ser a base para a implantação de práticas ESG.
“A digitalização também otimiza a jornada e as relações de trabalho da mão de obra do campo, garantindo melhores condições e produtividade, além de deixar o negócio mais rentável”, afirma a diretora de marketing da startup Farmbox, Ivana Manke, em nota.
As informações colhidas por meio do software também podem ser utilizadas para obter certificações e emitir títulos verdes. “As certificações são demandadas por mercados e investidores mais exigentes e os títulos verdes podem ser uma nova opção de renda para os produtores brasileiros. Ambos agregam valor ao negócio”, diz Ivana.
O Farmbox, software de gestão que monitora mais de 2 milhões de hectares no Brasil, Bolívia e Paraguai, fornece informações do plantio à colheita, como mapas de infestação de pragas, frequência de monitoramento a cada talhão, pluviometria, agenda de aplicações, estoque de insumos, previsão de colheita e de custos de produção, de produtividade e rentabilidade total ou por talhão, entre outros.
A tecnologia também está integrada com outras plataformas. “O produtor precisa de facilidade para aproveitar a tecnologia, seja em relação a imagens, clima, maquinário, compras e sensores de campo, entre outros, para que possam aumentar os resultados e níveis de sustentabilidade”, justifica a profissional.
Com o Farmbox, o produtor também consegue ter uma visão prévia de como serão os dias de semeadura, visualizando o rendimento operacional versus a janela de plantio. Além do planejamento inicial, é possível acompanhar a distribuição de semente, as falhas de plantio e a eficiência da operação, o que facilita a mudança de estratégia, se necessário.
Para se entender a importância desse planejamento, no milho segunda safra, por exemplo, o desafio é colher a soja no mês de janeiro sob condições de muita chuva e cumprir a janela ideal de plantio do milho safrinha até final de fevereiro. São de 40 a 50 dias, para realizar o duplo cultivo e evitar a indisponibilidade hídrica e redução da quantidade de horas de luz à que a cultura é exposta durante o seu desenvolvimento.
*Com informações de assessoria de imprensa