Novo centro de pesquisa e desenvolvimento da John Deere: feito por brasileiros para o Brasil

Unidade é a primeira da empresa no mundo com foco inteiramente na agricultura tropical

Janeiro 23, 2025

*Por Maitê Minetto

O Brasil é considerado o celeiro do mundo, alimentando cerca de 10% da população global, segundo a Embrapa. Contudo, o país ainda tem pela frente uma importante missão, que é de toda a cadeia: aumentar a produtividade para atender à demanda por alimentos que só cresce —  e fazer isso de forma sustentável e eficiente. Por meio de  investimentos estratégicos em pesquisa e desenvolvimento, grandes empresas do setor e também as startups têm trazido para o campo soluções tecnológicas inovadoras, que otimizam processos e ajudam os agricultores a obterem máxima produtividade com menor impacto ambiental.

Atualmente, já existem no mercado inovações tecnológicas em equipamentos e soluções aplicáveis desde o manejo do solo, passando pelo plantio, até a colheita. Temos máquinas que consomem menos combustível, sistemas que utilizam sensores, inteligência artificial e softwares avançados para controlar e reduzir a quantidade de fertilizantes necessários para o desenvolvimento das plantas, além de trazer maior precisão na aplicação de defensivos agrícolas e melhor qualidade de cobertura, o que resulta na diminuição do uso desses produtos. 

Essas ferramentas contribuem significativamente para minimizar perdas na colheita, elevando ainda mais a eficiência no campo. Contudo, é essencial que os investimentos em P&D sejam constantes, garantindo o avanço da produtividade de forma sustentável e responsável.

Foco na agricultura tropical

A John Deere, por exemplo, investiu R$ 180 milhões na criação do seu primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento com foco na agricultura tropical do mundo, que acaba de ser inaugurado, em Indaiatuba, interior de São Paulo. Nosso objetivo é desenvolver novas tecnologias e soluções personalizadas para o mercado brasileiro, visando apoiar os principais sistemas de produção — grãos, cana, algodão e cultivos especiais, além de contribuir para que os clientes tenham acesso a ferramentas que os ajudem a trabalhar de forma mais produtiva, rentável e sustentável. 

A inauguração desse centro é muito mais que um marco na história da John Deere, é um compromisso que estamos assumindo com o agronegócio brasileiro para trazer inovação, sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida das comunidades que servimos. Mesmo diante do desafio do tempo disponível para desenvolver e executar o projeto — em torno de 2 anos desde a concepção até o início da operação — conseguimos entregar a nova unidade com a certeza de que é o início de uma jornada para transformar e impulsionar ainda mais o setor agrícola brasileiro.

É importante destacar também que a agricultura tropical desempenha um papel essencial no futuro do planeta. Por isso, é imprescindível que se invista no desenvolvimento de produtos e soluções específicos para esse tipo de sistema de produção, considerando todas as variáveis como solo, clima, níveis de conectividade etc. A tecnologia, a ciência, a pesquisa e o desenvolvimento são fortes aliadas do agronegócio e os pilares que ajudarão a potencializar ao máximo as oportunidades que a agricultura brasileira ainda tem pela frente e revolucionarão o setor. Temos acompanhado tantas inovações surpreendentes que transformaram o trabalho no campo, mas não temos dúvidas de que ainda há muito por vir. 

É por isso que projetos como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da John Deere são tão importantes. Precisamos trazer ao mercado nacional o que há de mais moderno em termos de eficiência tecnológica, de forma totalmente personalizada e adaptada às necessidades locais, apoiando os produtores na missão de fornecer alimentos e fibras para uma população mundial em crescimento. A agricultura brasileira está ávida por inovações — e cabe às empresas do setor contribuírem com esse avanço.

Maite Minetto

Maitê Minetto é Gerente de Operação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Indaiatuba (SP), da John Deere.

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Maurício Moraes

Maurício Moraes

Sócio e líder do setor de Agronegócio, PwC Brasil

Dirceu Ferreira Junior

Dirceu Ferreira Junior

COO do PwC Agtech Innovation e sócio, PwC Brasil

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